segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Um comboio só passa uma vez?


(fotografia do filme Cinema Paradiso)

Se assim é, eu espero que ainda não tenha passado por mim...

domingo, 28 de dezembro de 2008

eu e os outros

Uma pessoa que há muito não vejo e com quem há muito não falo, adiciona-me no MSN com um email que não me permite uma identificação imediata. Primeiro, escreve: aposto que também não sabes quem sou!. Confirmo. Pergunto-lhe então quem é. A resposta (rápida) é esta (e só esta): sou do grupo das (e atira com uma série de nomes de pessoas que pressupõe serem do meu mundano conhecimento).
Divago sobre a forma, pobre e redutora, como alguém, para identificar a sua pessoa, faz uso da identidade de... outras pessoas. Terá tão pouco para dizer de si? Nem que sejam as coisas mais triviais que nos descrevem... (e que normalmente são até as que utilizamos num primeiro contacto...). Acabo por saber de quem se trata quando, de uma forma original (!), lhe pergunto se andou na faculdade comigo.
Apetece perguntar, como faziam os Gatos Fedorento em tempos idos: a senhora tem personalidade jurídica?

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

intemporal como o objecto

Beleza interior, natural, com sabor
A espontaneidade que se torna muito superior
Ao reflexo de um vidro que reflecte uma fase
Expressões atraentes numa mente com classe

Eu penso: quanto dura um corpo, quanto dura uma mente?
Qual deles dura mais tempo?


Beleza Interior, Sam the Kid

(só música)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Acho que estás demasiado obcecado por um grande amor.

Pois estou. Eu sei que estou. Mas caraças, o amor, para ser amor, também só pode ser grande. Ou não? Não conheço amores pequenos.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

às vezes

Que hei-de eu fazer
Eu tão nova e desamparada
Quando o amor
Me entra de repente
P´la porta da frente
E fica a porta escancarada

Vou-te dizer
A luz começou em frestas
Se fores a ver
Enquanto assim durares
Se fores amada e amares
Dirás sempre palavras destas

P´ra te ter
P´ra que de mim não te zangues
Eu vou-te dar
A pele, o meu cetim
Coração carmesim
As carnes e com elas sangues

Às vezes o amor
No calendário, noutro mês, é dor,
é cego e surdo e mudo

E o dia tão diário disso tudo

E se um dia a razão
Fria e negra do destino
Deitar mão
À porta, à luz aberta
Que te deixe liberta
E do pássaro se ouça o trino

Por te querer
Vou abrir em mim dois espaços
P´ra te dar
Enredo ao folhetim
A flor ao teu jardim
As pernas e com elas braços

Às vezes o amor
No calendário, noutro mês, é dor,
É cego e surdo e mudo

E o dia tão diário disso tudo

Mas se tudo tem fim
Porquê dar a um amor guarida
Mesmo assim
Dá princípio ao começo
Se morreres só te peço
Da morte volta sempre em vida

Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor,
É cego e surdo e mudo

E o dia tão diário disso tudo
Da morte volta sempre em vida


Às vezes o Amor, Sérgio Godinho

domingo, 7 de dezembro de 2008

mais alto



Já alguém se debruçou sobre o significado deste momento? O tão poético que ele pode ser...
Estava na Póvoa de Varzim a ver o meu irmão a jogar e fiquei muito tempo a pensar no homem que sobe mais alto que todos os homens (mesmo os que estão do seu lado), se estica em direcção ao céu e cumpre um objectivo. E depois celebra. Acho que é uma metáfora de muitas das coisas pelas quais passamos na vida. E para alguns será mesmo a própria vida.
Se alguém souber de algo escrito neste sentido, adoraria lê-lo.