quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Regresso ao Futuro #2: Los Angeles




No REGRESSO AO FUTURO de ontem na Antena 3, fomos até Los Angeles na companhia das encantadoras The Teen Queens e do "chicano" Kid Frost, de quem ouvimos os seus LP’s Eddie My Love (1957) e East Side Story (1992), respectivamente.

Podem ouvir tudo no podcast abaixo, a partir dos 53m39s. We’re sending you back… to the future!
 

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Regresso ao Futuro - HOJE





O segundo episódio do REGRESSO AO FUTURO é emitido mais logo à noite na Antena 3, entre a 1h e as 2h da manhã.

Iremos até Los Angeles aconchegar-nos com o calor da soul dos anos 50 e do hip-hop dos anos 90. Até lá, podem ouvir o jingle de abertura. We're sending you back... to the future!

domingo, 27 de novembro de 2016

Actualizar a casa



Ora bem, aqui fica uma actualização dos últimos dias:

- Reportagem sobre o concerto-patuscada de apresentação de Cimo de Vila Velvet Cantina, o novo álbum dos Corona, para o Rimas e Batidas (aqui);

- Três textos sobre outros tantos filmes que escrevi para o Porto/Post/Doc, que se iniciou hoje (1, 2 e 3);

- Crítica no ípsilon / Público da passada sexta-feira a Black America Again, o último e excelente álbum de Common, um dos meus heróis de juventude (acolá).

domingo, 20 de novembro de 2016

Crítica - "Cimo de Vila Velvet Cantina"



No ípsilon da última sexta-feira, escrevo sobre "Cimo de Vila Velvet Cantina", o terceiro álbum do Conjunto Corona. Uma grande pândega que, se ainda não conhecem, devem conhecer.

A crítica também pode ser lida on-line aqui (clicar). o álbum audível ali ao lado (clicar).

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Crítica - "Toda a Gente Pode Ser Tudo"



Hoje escrevo no ípsilon sobre o Toda a Gente Pode Ser Tudo, o novíssimo álbum de NBC e um dos melhores que a música portuguesa nos deu este ano.

Bom proveito.

[Errata: na p. 29, onde se lê "conotados com o rap contemporâneo", deve ler-se "conotados com o TRAP contemporâneo"]

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Crítica - "Se Eu Fosse..." (2012)



Se vos dou dose dupla de Virtus, é porque o homem é realmente bom (novo eufemismo). Há concerto esta sexta-feira no Plano B, no Porto.
 
Até lá, a republicação da minha crítica (clicar),  originalmente de 2012, a um magnífico álbum de hip-hop exclusivamente instrumental, a soar hoje tão bem ou ainda melhor do que quando foi editado.
 
 
«O título do disco completa-se com o título de cada uma das faixas, resultando no desejo naïf de Virtus em ser, por exemplo, “Manhãs de 90”, “Tentação”, “Pugilista” ou “Suspiro”. E por aqui já se vê o ambiente de nostalgia (soul music, pois claro) que perpassa todo o álbum, onde parece a todo o momento que estamos de volta a um qualquer passado, a um tempo remoto mais belo, mais doce – a infância (e Virtus é um ser “peterpanesco”, como já se sabia de “Outros Modos” e como o artwork deste álbum o comprova), naturalmente, mas também os primeiros amores (“Quase nós”), os primeiros sonhos e as primeiras frustrações. De resto, esta sensação back in the days está chapada em muitos dos títulos das faixas: “Manhãs de 90”, “Outra vez Primeira vez”, “Um regresso”, “O tempo”».
 
(Excerto)

Crítica - UniVersos (2012)




Nem tudo é mau. Há o UniVersos (2012), por exemplo, o álbum do Virtus editado em 2012.

O porquê de eu o ter em tão boa conta (eufemismo) podem encontrar logo nos primeiros parágrafos deste artigo (clicar), que republica a crítica que escrevi em 2012.
 
 
Quando se pensou na republicação desta crítica aqui no Rimas e Batidas (originalmente publicado no site Rua de Baixo, em 2012), cheguei a equacionar reformulá-la. Mas não, decidi não o fazer (exceptuando pormenores de ordem formal): as coisas – as memórias, os gostos, os gestos – têm o seu tempo e, se aconteceram de determinada forma, é dessa forma que devem ser preservadas, para o bem e para o mal (motivo pelo qual ficam desde já ressalvadas quaisquer desactualizações).
 
UniVersos, quanto a mim um dos mais importantes discos da música portuguesa da última década (e se emprego este tom generalizante, é absolutamente propositado), já completou quatro anos. Muitas vezes, perguntam-me que razões encontro para o álbum ser pouco ou nada falado a sul do país (tenho muitos e bons amigos  dessas paragens ouvintes de rap que o desconhecem em absoluto). Duas, talvez: o facto de que, em 2012, o hip-hop não estava, nem de perto nem de longe, “a bater” como hoje (meu deus, como as coisas mudaram em apenas quatro anos…); depois, porque Virtus e o seu rap são “de outro tempo”, i.e., não se alimentam de “likes”, “hashtags” e “visualizações”. Os beats e, sobretudo, as letras de Virtus são matéria sensível, cuja apreciação exige tempo, atenção, reflexão. Por isso, caro leitor, se não tem tempo, não vá por aqui, não vale a pena.
 
Hoje, se me debruçasse sobre a mesa, faria uma crítica completamente diferente da que então escrevi, quer na forma, quer, sobretudo, no conteúdo (designadamente, não traçaria um paralelo, em termos liricais, entre Virtus e Sam The Kid). Não só porque, em 2016, sou necessariamente uma pessoa diferente da que era em 2012 (e, naturalmente, penso e escrevo igualmente de outra forma), mas, também, porque hoje escuto e olho para UniVersos de outro ângulo, naturalmente mais amadurecido em virtude das múltiplas – coloquem o símbolo do infinito como expoente – audições que fiz do álbum nos mais variados contextos: em casa, na rua, no carro, no comboio; sozinho ou com outros apreciadores (Tavares, quantas noites por baixo do prédio a escutar e a reflectir em conjunto pela madrugada fora…); mostrando-o a pessoas que não conheciam ou que nem sequer são consumidores de hip-hop; no Porto, em Lisboa, no estrangeiro; numa tarde quente de praia ou numa sombra junto ao rio no Gerês… UniVersos é, juntamente com Pratica(mente) (e esta coincidência não há-de ser puro fruto do acaso…), o disco que mais escutei na minha vida.
 
Volto ao início: mas não. Quero que, hoje, quem ler esta crítica a leia como eu na altura senti o disco, com todas as virtudes e defeitos daí decorrentes. Ainda sobre o paralelo com Sam The Kid: compreendo agora que, à data, só o fiz porque, dentro das minhas referências pessoais, era o único nome do hip-hop português que eu encontrava para, utilizando o efeito reverencial da citação, provar a grandeza de Virtus e chamar a atenção dos mais distraídos. Todavia – e um crítico devo ter isto sempre presente –, é sempre a música que fala acima de todo e qualquer exercício analítico, é sempre a música que está primeiro. Por isso, nenhuma crítica deste mundo ilustrará melhor a erudição, o autorismo, a poética e o génio de Virtus do que a sua obra – algo que a classificação que aqui lhe atribuo, a primeira que alguma vez na vida dou a um disco, procura atestar. UniVersos, Uni-Versos, União de Versos: se é certo que é no recato de casa que se digerem verdadeiramente as grandes obras, que isso não impeça ninguém de ouvir o concerto-“despedida” do álbum no dia 11 de Novembro, no Plano B, no Porto. Sim, despedida, porque 2017 está aí à porta e Virtus trará, tudo indica, novidades das boas.
 
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