Bósforo
Da minha janela vejo o Bósforo todos os dias: divisões e correntes, agitações e marés. Tal como no homem, tal como no mundo.
segunda-feira, 18 de março de 2024
notes to self
Os Excluídos **
sexta-feira, 15 de março de 2024
Goodmorning
quarta-feira, 13 de março de 2024
terça-feira, 12 de março de 2024
segunda-feira, 11 de março de 2024
sexta-feira, 8 de março de 2024
Estreia de A RAPARIGA PROJECTADA (2024) no Martovski Film Festival
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elenco Marina Leonardo, Duarte Matos, Pedro Roquette
produtor Miguel Mesquita
produtores executivos Delfim Pinto de Sousa, Diogo Nogueira, Paulo de Tarso Domingues, Sara Moreira
assistência de realização Ana Manana
direcção de fotografia Ângela Bismarck
primeiro assistente imagem Pedro G. Santos
segundo assistente imagem Ana Nakamura
gimbal Pedro G. Santos
gaffers Henrique Queirós, Jotta Sousa
drone Rafael Matos
imagem surf Tiago Lemos
direcção de som Lurdes Osswald
perchista Vasco Almeida
design e mistura de som Alexandre Barbosa
montagem Joana Teixeira e Francisco Noronha
banda-sonora original Sofia Martins
banda-sonora adicional Alexandre Barbosa
música “Carrinhos de Brincar”, cortesia do artista Luís Lucas
direcção de arte e figurinos Luísa Fernandes
assistência de direcção de arte e de figurinos Claudia Coimbra
anotação Joana Teixeira
cor Vasco Trabulo
efeitos visuais Francisca Sá
assistentes de produção João Pereira, Matilde Khmelik, Rafael Matos, Vasco Vasconcelos
maquilhagem Eva Direito
casting Cláudia Coimbra, Francisco Noronha, João Mendes Pinto, Miguel Mesquita
assistente de casting Beatriz Seiça
duplo surf Inês Côrte-Real Beirão
fotografia de cena Tiago Ferreirinha
consultora de argumento Cláudia Coimbra
agradecimentos especiais Rosalie Varda-Demy e Ciné-Tamaris
apoio à produção Cinema Trindade, Negra Café, BessaHotel, Batalha Centro de Cinema, Linha de Onda - Surfing School
apoio financeiro ICA - O Nosso Ecrã e República Portuguesa
CROWDFUNDING
Alberto Pinto, Ana Lemos, André Santos, António Santos, Américo Francisco Alves (R.I.P. My Love <3), Beatriz Pinto, Brazilina Mendonça Ramos, Bruno Fazenda, Carla Aranha, Carlos Pinto, Cristina Alves, Cristina Granja, Elvira Manuel Pardinhas, Filipa Ferreira, Francisca Beirão, Francisco Alves, Beatriz Seiça, Guilhermina Salgado, Inês Abreu Ribeiro, Inês Morão Dias, Inês Petiz Viana, Isabel Costa, Joana Carvalho, João Campos, João Raimundo, João Seabra, Jorge Alves, Jorge Carriço, Jose Marmeleira, José Miguel Fernandes, Leontina Pinto, Luís Noronha, Manuel Sá Martins, Manuela Bertão, Maria Guilhermina Costa, Maria João Cocco da Fonseca, Mariana Arnaut, Mariana Freixo, Marta Alves, Marta Caetano Dias, Manuel Noronha, Miguel Ramalhete Gomes, Miguel Vieira, Miriam E., Nuno Pamplona, Paulo Ferreira, Pedro Coelho, Pedro Ludgero, Pedro Ramires, Pedro Ribeiro, Rita Figueira, Rodrigo Azevedo, Rui Lima Andrade, Rui Szabö, Sara Rego, S.B.G., Silvino Bacelar, Sofia Brito, Sofia Oliveira, Solange Nóbrega, Shanoza Yusupova, Teresa Correia, Teresa Oliveira, Tiago Lima, Vânia Gomes, Vera Pinto
quinta-feira, 7 de março de 2024
terça-feira, 5 de março de 2024
quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024
Na fila à minha frente, uma miúda, não mais de vinte e poucos anos, esbraceja, olhos arregalados e mãos levantadas, em direcção ao ecrã, de seguida virando o rosto, uma e outra vez, para o namorado em sinal de funda reprovação. Não fala, mas todo o seu corpo grita indignação. Os esgares, constantes, só são superados pelo momento em que, como num filme de terror, tapa os olhos com as duas mãos para não ver uma cena. É uma dos muitos que, ao longo da sessão, vão pateando o filme, por entre interjeições de desprezo, risos de escárnio e, até, a certa altura, um bem audível e exasperado "What the fuck?!".
Não contava viver para contar, mas, nesta sessão de cinema, o impensável acontece: numa sala quase lotada, são os jovens que, escandalizados, vaiam o filme, e os velhos quem, calados e perscrutadores, o seguem compenetradamente.
Um dia, quando estes jovem forem velhos, perceberão, porém, que a maior das transgressões lhes passou mesmo por debaixo do nariz: é logo numa das primeiras cenas, quando Mary-Jane (como a planta, fantasia maior dos adolescentes), vendo Julien nauseado pelo álcool que o seu corpo ainda não aguenta, lhe explica o que fazer, penetrando dois dedos na sua garganta, fazendo-o vomitar e, a seguir... limpando-o com uma toalha. Estava lá para quem o soubesse ver.
Kung-Fu Master! (Varda, 1988), chef d'oeuvre. *****